Foto: Paraíso Niilista
Perdidos cegos da tontura, andam no mundo
Sem direção própria, roubando almas, caçando
Impróprios. Pergunto calada,"Quem outrora
Foi o perdido que agora vem me levar?"
Conheço todos os portos da cidade, ora
Será mesmo que ousaram roubar nosso ar?
Nossa fortaleza é ouro, diamante, aurora
Fria, ciganas... Vem e vão. Rente ao mar.
Eles descobriram nossos medos e fraquezas;
E são tão primitivos que antes de nos levar
Mataram todos nossos beijos de despedida.
A palma da minha mão desmanchou em cinzas
Perdida no cinzeiro, conheci a minha sina
Viver triste e quieta, colecionando fantasias.
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